‘Vem, e Segue-Me’ de 20 a 26 de novembro: O que líderes e estudiosos da Igreja disseram sobre 1 e 2 Pedro?
O guia de estudo desta semana inclui a declaração do Apóstolo Pedro de que os membros da Igreja são “o povo adquirido” (1 Pedro 2:9)
‘Vem, e Segue-Me’ de 20 a 26 de novembro: O que líderes e estudiosos da Igreja disseram sobre 1 e 2 Pedro?
O guia de estudo desta semana inclui a declaração do Apóstolo Pedro de que os membros da Igreja são “o povo adquirido” (1 Pedro 2:9)
O guia “Vem, e Segue-Me” desta semana abrange 1 e 2 Pedro, que inclui a declaração do Apóstolo Pedro de que os membros da Igreja são “o povo adquirido” (1 Pedro 2:9).
O Church News recentemente pesquisou os arquivos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias para saber o que líderes e estudiosos disseram sobre esses capítulos.
As epístolas de Pedro
“Pedro escreveu sua primeira epístola do Novo Testamento ‘na Babilônia’ (1 Pedro 5:13) em 63 ou 64 d.C., perto da época da perseguição aos cristãos sob ordem do [imperador romano] Nero. Babilônia era um nome que os escritores cristãos costumavam usar para designar Roma, então a frase de Pedro provavelmente se refere a essa cidade. Sabemos através de 1 Pedro 1:1 que o documento foi escrito para os membros da Igreja na região norte e central da Ásia Menor.
“Pedro não menciona deserções ou cismas graves naquela área, mas é evidente que os cristãos de lá sofriam perseguições locais, que Pedro os encorajou a suportarem (ver 1 Pedro 1:6-7; 1 Pedro 3:14; 1 Pedro 4:12-14). …
“A primeira perseguição governamental séria aos cristãos ocorreu em Roma, no ano 64 d.C. Embora os ataques aos cristãos se limitassem àquela cidade, seus efeitos foram sentidos em toda a Igreja.
“A eclosão de torturas e assassinatos sob Nero resultou de um incêndio que eclodiu em algumas lojas na zona sul da cidade. O fogo, fora de controle, queimou durante seis dias e sete noites, destruindo principalmente em direção ao norte, e então irrompeu novamente na propriedade de Tigelino, amigo próximo de Nero. Por causa deste novo incêndio suspeito e porque Nero teria ficado encantado com a conflagração, Tácito e Suetônio, dois historiadores romanos posteriores, acusaram Nero de iniciar o incêndio para que ele pudesse reconstruir a cidade que estava superlotada, de acordo com um esquema maior e mais organizado. O próprio Nero colocou a culpa pelo incêndio nos cristãos da cidade, uma seita odiada e incompreendida, que muitos consideravam judeus apóstatas.
“Tácito condenou Nero por esta injustiça. Ele, junto com o escritor cristão Clemente de Roma, descreveu o que aprenderam sobre o horrível sofrimento dos cristãos. Clemente, escrevendo cerca de 30 anos após a morte de Nero, atribui o martírio de Pedro e Paulo à perseguição de Nero.”
— S. Kent Brown, professor emérito de Escrituras Antigas da Universidade Brigham Young, revista Ensign de outubro de 1988, “O que aconteceu com a Igreja Primitiva?” [em inglês]
1 Pedro 1
“Por acreditarmos nos relatos, tanto da Bíblia quanto do Livro de Mórmon, a respeito da Ressurreição literal de Jesus Cristo, cremos também nos inúmeros ensinamentos contidos nas escrituras de que uma ressurreição semelhante ocorrerá com todos os mortais que já viveram nesta Terra. Essa ressurreição nos dá o que o apóstolo Pedro chamou de “uma viva esperança” (1 Pedro 1:3). Essa viva esperança é nossa convicção de que a morte não é o fim de nossa identidade, mas simplesmente um passo necessário no plano de misericórdia de nosso Pai Celestial para a salvação de Seus filhos.”
— Presidente Dallin H. Oaks, primeiro conselheiro na Primeira Presidência, conferência geral de abril de 2018, “Coisas pequenas e simples”
“Nosso tom, seja falando ou escrevendo, deve ser respeitoso e educado, independentemente da resposta das pessoas. Devemos ser honestos e abertos e tentar ser claros no que dizemos. Não queremos ficar na defensiva nem ter desentendimentos de qualquer forma.
“O Apóstolo Pedro explicou: ‘Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver’ (1 Pedro 1:15).”
— Élder L. Tom Perry, do Quórum dos Doze Apóstolos, conferência geral de outubro de 2011, “O perfeito amor lança fora o temor”
“Nosso desejo sincero deve ser o de ter mãos limpas e coração puro: tanto receber a remissão de nossos pecados dia após dia, como andar sem culpa diante de Deus. Ter apenas mãos limpas não será suficiente, quando estivermos diante de Deus, que é puro e que, como ‘um cordeiro imaculado e incontaminado’ (1 Pedro 1:19), derramou livremente Seu precioso sangue por nós.”
— Élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos, conferência geral de outubro de 2007, “Mãos limpas e um coração puro”
1 Pedro 2
“A Igreja de Jesus Cristo é uma Igreja de sacerdotes ‘… o sacerdócio real, a nação santa’ (1 Pedro 2:9).
“A Igreja restaurada dá a cada lar um portador do sacerdócio investido do poder de Deus para dar bênçãos. ... Não precisamos sair em busca de ‘alguém’ com esse poder — ele está em nosso meio! Que bênção é poder ensinar esse princípio aos nossos filhos! Esta é a única Igreja na Terra que oferece tal bênção às famílias.”
— Élder Enrique R. Falabella, agora autoridade geral emérita, conferência geral de outubro de 2007, “Por que somos membros da única Igreja verdadeira?”
“Em uma profecia a nosso respeito, o Apóstolo Pedro utilizou termos edificantes. Ele declarou que ‘vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido’ (1 Pedro 2:9). Reconhecemos os adjetivos ‘eleita’, ‘real’ e ‘santa’ como complementares. Mas e o termo ‘adquirido’?
“Pesquisei em um dicionário moderno. Atualmente é definido como “incomum” ou “excêntrico”; ‘estranho’, ‘singular’, ‘ímpar’; ‘que se destaca dos outros’; ‘exclusivo’ ou ‘único’. Mas o termo adquirido, conforme usado nas escrituras, significa algo bem diferente. No Velho Testamento, o termo hebraico do qual ‘adquirido’ foi traduzido é ‘cgullah’, que significa ‘propriedade valiosa’ ou ‘tesouro’. No Novo Testamento, o termo grego do qual ‘adquirido’ foi traduzido é ‘peripoiesis’, que significa ‘possessão’ ou ‘obtenção’.
“Com esse entendimento, podemos ver que o termo bíblico ‘adquirido’ não significa de forma alguma ‘estranho’ ou ‘singular’. Significa ‘tesouro valioso’, ‘feito ou escolhido por Deus’. Assim, sermos identificados pelos servos do Senhor como seu povo adquirido é um elogio da mais alta ordem.”
— O então Élder Russell M. Nelson, revista Ensign de fevereiro de 1997, “Uma Esperança Mais Excelente” [em inglês]
1 Pedro 3
“No evangelho de Jesus Cristo, a esperança é o desejo de Seus seguidores de alcançar a salvação eterna por meio da Expiação do Salvador.
“Essa é verdadeiramente a esperança que todos devemos ter. É isso que nos diferencia do restante do mundo. Pedro admoestou os antigos seguidores de Cristo a estarem ‘sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós’ (1 Pedro 3:15).
“Nossa esperança na Expiação investe-nos de uma perspectiva eterna. Essa perspectiva permite que olhemos para além do aqui e agora, para a promessa das eternidades.”
— Élder Steven E. Snow, agora autoridade geral emérita, conferência geral de abril de 2011, “Esperança”
“‘Minha alma está quebrantada. Meu coração está partido e quase parou de bater. Ó, meu querido filho, minha alegria, minha esperança! … Ó, Deus, ajuda-me!’
“Foi o que Presidente Joseph F. Smith escreveu em seu diário sobre a morte de seu filho mais velho, Hyrum Mack Smith, o Apóstolo de 45 anos que sucumbiu em janeiro de 1918 devido a uma ruptura do apêndice. Oito meses depois, em 24 de setembro, a viúva de Hyrum, Ida Bowman Smith, faleceu de insuficiência cardíaca apenas uma semana após dar à luz um menino. O casal deixou cinco filhos. Na época, a Primeira Guerra Mundial, que começou em 1914, enquanto Hyrum presidia a Missão Europeia, ainda estava em alta. Ela terminou com o Armistício em 11 de novembro de 1918.
“A morte e a guerra certamente estavam na mente de Presidente Smith naquele ano. Em 3 de outubro de 1918, menos de duas semanas após o falecimento de sua nora, ele se sentou em seus ‘aposentos meditando sobre as escrituras; e refletindo sobre o grande sacrifício expiatório que foi feito pelo Filho de Deus, para a redenção do mundo; e o grande e maravilhoso amor manifestado pelo Pai e o Filho’ (Doutrina e Convênios 138:1-3). Sua mente se voltou para o relato em 1 Pedro 3-4 da pregação de Cristo aos espíritos em prisão entre o tempo de Sua Crucificação e Ressurreição. Esses capítulos impressionaram Presidente Smith como nunca antes (ver Doutrina e Convênios 138:6). Ele disse: ‘Enquanto refletia sobre essas coisas que estão escritas, os olhos de meu entendimento foram abertos e o Espírito do Senhor repousou sobre mim e vi as hostes dos mortos, tanto pequenos como grandes’ (Doutrina e Convênios 138:11).
“A visão que se abriu diante dele, que agora compreende a seção 138 de Doutrina e Convênios, foi seu consolo. Ocorrendo em um momento de grande sofrimento pessoal e mundial, ele testifica do amor do Pai Celestial e da incomparável compaixão e consolo oferecidos pela Expiação pelos vivos e pelos mortos.”
— George S. Tate, ex-professor de Ciências Humanas e Literatura Comparada da Universidade Brigham Young, revista Ensign de dezembro de 2009, “Vi as hostes dos mortos” [em inglês]
1 Pedro 4
“Embora se aproximasse o momento do martírio de Pedro, suas palavras não expressavam medo ou pessimismo. …
“‘Amados, não estranheis a ardente prova que vos sobrevém para vos testar, como se coisa estranha vos acontecesse;
“‘Mas alegrai-vos de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis’ (1 Pedro 4:12–13). …
“Com certeza é mais fácil falar essas coisas quando não estamos em meio à tempestade do que vivê-las e aplicá-las durante a tempestade. Porém, como seu irmão, espero que possam sentir que, sinceramente, desejo compartilhar com vocês o enorme valor de sabermos que Jesus Cristo e Sua Expiação são o único refúgio de que precisamos, independentemente das tempestades que assolam nossa vida.”
— Élder Ricardo P. Giménez, Setenta Autoridade Geral, conferência geral de abril de 2020, “Encontrar refúgio nas tempestades da vida”
1 Pedro 5
“Como todos sabemos, já é bastante difícil separar a verdade das nossas próprias experiências. Para piorar a situação, temos um adversário, ‘o diabo, [que] anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar’ (1 Pedro 5:8). …
“O adversário tem muitas estratégias astutas para afastar os mortais da verdade. Ele oferece a crença de que a verdade é relativa; apelando ao nosso sentido de tolerância e justiça, ele mantém escondida a verdade real, afirmando que a ‘verdade’ de uma pessoa é tão válida como qualquer outra.
“A alguns ele induz a acreditarem que existe uma verdade absoluta em algum lugar, mas que é impossível que alguém a conheça.
“Para quem já abraça a verdade, a sua principal estratégia é espalhar as sementes da dúvida. Por exemplo, ele fez com que muitos membros da Igreja tropeçassem ao descobrirem informações sobre a Igreja, que pareciam contradizer o que haviam aprendido anteriormente.
“Se você vivencia um momento assim, se lembre que nesta era da informação há muitos que criam dúvidas sobre tudo e qualquer coisa, a qualquer hora e em qualquer lugar.”
— Élder Dieter F. Uchtdorf, do Quórum dos Doze Apóstolos, revista New Era de agosto de 2020, “Nossa busca pela verdade” [em inglês]
2 Pedro 1
‘Em suas epístolas, [Pedro] reflete sobre seu testemunho pessoal do sofrimento de Cristo e expressa sua esperança de ser “participante da glória que se há de revelar’ (1 Pedro 5:1). Perto do fim, reconheceu destemidamente: ‘Brevemente hei de deixar este meu tabernáculo, como também nosso Senhor Jesus Cristo já me revelou’ (2 Pedro 1:14).
“Ao fazer este solene comentário, Pedro talvez estivesse refletindo sobre as palavras que Jesus lhe dissera, muitos anos antes, nas praias da Galileia. Ali, depois de ordenar a Pedro que apascentasse Suas ovelhas, o Salvador declarou: “Quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queiras” (João 21:18). Conforme explicou João: “[Jesus] disse isso, significando com que morte havia [Pedro] de glorificar a Deus. E tendo falado isso, disse [a Pedro]: Segue-me” (João 21:19). Sem dúvida, em sua velhice, ao deparar-se com a morte, Pedro encontrou paz e alegria em saber que tinha realmente seguido Cristo na vida e estava pronto para segui-Lo na morte.”
— Terry B. Ball, professora emérita de Escrituras Antigas da Universidade Brigham Young, revista Liahona de fevereiro de 2018, “Quem dizeis que eu sou?”
2 Pedro 2
“Uma das ferramentas mais eficazes de Satanás é vestir a escravidão com o traje da liberdade. Pedro alertou os primeiros santos sobre pessoas entre eles que tentariam afastá-los do caminho da retidão. Ele descreveu estes indivíduos iníquos como ‘tendo os olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar’. … Falando coisas muito arrogantes de vaidades, engodando com as concupiscências da carne. … Prometendo-lhes… liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque aquele que é vencido por alguém, do tal faz-se também servo’ (2 Pedro 2:14, 18-19). …
“Não importa os nossos pecados e fraquezas: desonestidade, orgulho, hipocrisia, preguiça, ganância, imoralidade, vícios, raiva, problemas com a Palavra de Sabedoria, podemos ser libertados de qualquer grau de escravidão. Cada um de nós temos experimentado isso ao nos arrependermos. Sentimos a verdadeira liberdade quando fomos perdoados e abandonamos o comportamento que nos atormentava.”
— Élder Paul V. Johnson, da Presidência dos Setenta, revista Ensign de fevereiro de 2019, “Livres para escolher” [em inglês]
“Em alguns casos, a tentação pode ter a força suplementar do vício potencial ou real. Sou grato porque a Igreja é capaz de prover, para um número cada vez maior de pessoas, ajuda terapêutica de vários tipos, para auxiliá-las a evitar os vícios, ou lidar com eles. Mesmo assim, embora a terapia possa dar suporte à vontade individual, ela não pode substituí-la. Sempre deverá haver o exercício da disciplina — da disciplina moral fundamentada na fé em Deus, o Pai e em Seu Filho, e no que Eles podem alcançar conosco por meio da graça expiatória de Jesus Cristo. Segundo Pedro, ‘sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos’ (2 Pedro 2:9).
— Élder D. Todd Christofferson, do Quórum dos Doze Apóstolos, conferência geral de outubro de 2009, “Disciplina moral”
2 Pedro 3
“O Apóstolo Pedro testificou que: ‘O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo’ conosco (2 Pedro 3:9). Nesta era de franquias de lavagem a seco em uma hora e de comida pronta em um minuto, pode parecer-nos às vezes, que nosso Pai Celestial amoroso extraviou nossas preciosas promessas, resolveu retê-las por tempo indeterminado ou as direcionou para outra pessoa. Era assim que Raquel se sentia.
“Mas, com o passar do tempo, encontramos cinco das mais belas palavras dos Escritos Sagrados: ‘E lembrou-se Deus de Raquel’ (Gênesis 30:22). ...
“Quando as promessas do céu, às vezes, parecerem distantes, oro que cada um de nós abrace essas grandíssimas e preciosas promessas, e nunca as perca. E assim, da mesma forma que Deus Se lembrou de Raquel, Ele Se lembrará de vocês.”
— Élder Spencer J. Condie, agora autoridade geral emérita, conferência geral de outubro de 2007, “Reivindicar as grandíssimas e preciosas promessas”